19 Maio 2009 - 18h00
Denúncias de atrasos na actualização salarial
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Trabalhadores dos consulados em greve a 4 de Junho (Correio da Manhã)
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O sindicato dos Trabalhadores Consulares e das Missões Diplomáticas (STCDE) anunciou, esta terça-feira, a marcação de um dia de greve para 4 de Junho, em protesto pelos atrasos nas actualizações salariais e na revisão do estatuto profissional.
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A greve dos trabalhadores consulares deverá ocorrer na véspera da votação para as eleições europeias, marcada para dia 7 de Junho em Portugal, mas que se desenrolará ao longo de três dias nos consulados (5, 6 e 7 de Junho).
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19 Maio 2009 - 19h52 darou diawo problema que existe nos consulados e a lentidão peor em senegal donde e impossivel fazer e uma legalização documentos
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Nota minha
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omo funcionário público (reformado) do Ministério dos Negócios Estrangeiros, chama-me atenção. de mais uma greve que os trabalhadores dos consulados, vão levar a cabo no dia 4 de Junho, próximo, em procura de serem achados os seus direitos. -
A artigo acima inserido e com um comentário onde o comentador afirma que a lentidão nos consulados é pior que no (consulados) do Senegal.
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Os trabalhadores dos consulados desde há muitos anos (servi durante 24 anos a embaixada de Portugal em Banguecoque) são considerados pelos diplomatas (o Ministério dos Negócios Estrangeiros é gerido por diplomatas) servidores de 5ª classe do Governo Português.
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Muitos destes humildes servidores auferem ordenados miseráveis que lhes dá a mínima dignidade de vivência.
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Há servidores que para ganharem o ordenado de um “adido”, necessitam de trabalhar seis meses. Quando estes estão longe de desempenhar as suas funções para as que foram destinados.
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Portugal continua a ter uma diplomacia elitista, feudal, arcaica que se rege, ainda, pelos velhos tempos de quando Portugal possuía um império colonial.
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Para alguém entrar no Palácio das Necessidades, era necessário ter um bom “padrinho”, influências nos meios do Governo porque do contrário não entrava nos “meandros” da diplomacia.
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Mas nos dias actuais, embora sofisticado, o sistema é precisamente o mesmo, só entra nos “claustros” um jovem que por detrás se movimentam as grandes influências, como seja vindas do Poder político ou de outro.
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Poderão inscreveram-se para o exame de diplomatas um,dois ou três milhares de candidatos para ocupar 30 vagas, cuja estas já destinadas mesmo antes das provas.
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Há muitos anos um diplomata, meu amigo, disse-me: “No ministério passa tudo!”
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Ora o que ele me queria dizer é que desde que o diplomata entrasse nos “meandros” saberia que nunca mais seria penalizado mesmo que praticasse uma acção com direito a processo disciplinar.
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E se houver este, mais tarde, será arquivado e tudo, no futuro, lhe segue na melhor.
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Mas o que quero aqui salientar é que os processos disciplinares, são para os servidores e quando estes servirem os diplomatas ou têm que ser imbecis ou irreverentes.
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Se o servidor for imbecil e , mesmo hipocritamente, faça festinhas à embaixatriz, ao embaixador ou ao número dois da missão, vai vivendo dentro do posto, mais ou menos e dentro dos sussurros dos colegas a chamarem-lhe nomes feios; se for irrverente, certo será que será trilhado e, pela frente, uma vida dura.
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E quando regressarem â base, os diplomatas, ou transferidos para outro Posto, é deixada uma informação, no cofre da embaixada a informar o diplomata que vai gerir a missão que tenha cuidado com esse funcionário porque é um “filho da mãe”.
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Foi isso mesmo que o embaixador Sebastião de Castello-Branco me fez em 1994!
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Uma carta em desabono a minha pessoa que eu era um “filho de má mãe” e lida por 4 embaixadores, quando assumiram a gerência do Posto, de Banguecoque, que me foi fizeram uma “vida negra silenciosa” que não compreendia a razão de tanta desconfiança pairava em cima de mim.
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Creio que semelhantes cartas, igual à minha, devem dormir em outros cofres de outras missões, diplomáticas, espalhadas pelo Mundo, onde é feita uma justiça de "cordel" às vítimas.
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Porém a greve dos trabalhadores não vai produzir efeito algum, porque estas já vêm desde há mais de 10 anos e que nunca fizeram faísca alguma!
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É o mesmo que malhar em centeio verde que nunca mais o pírtigo do mangual a bater na laje debulha,a espiga, em grão.
José Martins