"A Educação é fundamental e faz parte do projecto de família" - a afirmação não é uma recomendação a Portugal mas a resposta que um professor recebeu de imigrantes da Europe de Leste. "São os alunos ideais", conclui. (JN)
Nota: "No tempo que eu frequentei os bancos da escola primária (há tantos anos...) a "canalha" aprendia à maneira! Não havia "Magalhães", calculadoras mas uma placa de "lousa", das pedreiras de Valongo (arredores do Porto) encaixilhada em quatro "ripas" de madeira de pinho.
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Para escrever nessa folha negra (ambiental) usava o ponteiro do mesmo material que custava um tostão. Não havia nada mochilas às costas, mas uma saca de sarapilheira que os miúdos, para voltar mais confortável, lhe amarravam nas pontas uma ataca de cabedal ou um fio de sarapilheira.
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Dentro da sala de aulas não havia democracia nenhuma e que esta se lixasse! A "menina de cinco olhos" que quando o aluno não se portava à "maneira" levava uma,duas e mais na palma das mãos e, nunca, nenhum dos que enfardaram, foram parar ao hospital.
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Havia um crucifixo pendurado na parede e respeito pelo professor que era "porreiro" para a malta. Esquecia-me: "rapazes ensinados por profesores e raparigas por professoras. Os miúdois aprendiam mesmo e poucos seguiam os estudos... Era coisa para os filhos de ricos.
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Os espanhois não estavam mais avançados que os portugueses... Já sei quem me ler, jovem, me considera um "bota de elástico". As crianças são como uma árvore se não forem amparadas, desde quando nascem, crescem tortas que nem um arrocho.
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Ora o 25 de Abril de 1974 veio colocar o ensino em Portugal no "estrume", com as escolas democratizadas e os mestre a comeram pela medida grossa pelos alunos. Se um professor dá um "tabefe" a um aluno lá vem a mãe, os vizinhos atrás dela para lhe darem uma lição que termina com o mestre nos serviços de urgência de um hospital.
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O resultado está à vista com as crianças do Leste da Europa, na primária, são os alunos ideais. Porque será? Tirem por aí as conclusões... As minhas são: "se assim caminhamos continuamos no ´rabo´ da Europa".
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A melhoria da educação de um país não se resolve com computadores "Magalhães" (porque não tarda irem à vida e obsoletos), mas sem "liberdade", respeito pelos seus mestre e, ainda, sem "Morangos com Açucar" e outras "merdas" acessíveis à canalha que quando chegarem a grandes estão bacocados e no "estrume".
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Com tudo isto Portugal não vai a lado nenhum e mais tarde, politicamente, dominado por gente que não têm nada a ver com as raízes lusitanas.
José Martins