Os políticos tentam tapar o sol com uma peneira! A realidade da situação está em baixo.
A crise do emprego e da segurança social desencadeada pela crise fin
anceira e económica durará entre seis a oito anos se não forem adoptadas medidas preventivas, advertiu hoje o director-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

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"Sabemos por experiências passadas que o emprego recupera os níveis anteriores à crise com um desfasamento de entre 4 e 5 anos (face à retoma da economia)... Isto significa que o mundo pode assistir a uma crise do emprego e da protecção social de 6 a 8 anos de duração", afirmou Juan Somavi na abertura do congresso anual da OIT.
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"Os líderes políticos não têm prestado a atenção suficiente às implicações humanas e sociais deste desfasamento", sublinhou Somavia perante os quatro mil representantes de governos, trabalhadores e empregadores reunidos em Genebra a partir de hoje e até dia 19 de Junho. Somavia criticou duramente as orientações económicas das últimas décadas, que, na sua opinião, levaram à crise actual.
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"A política económica dominante não teve em conta, basicamente, os valores fundamentais da OIT. Sobrevalorizou a capacidade do mercado para auto-regular a economia, subvalorizou o papel do Estado e desvalorizou o respeito pela dignidade do trabalho e dos serviços sociais", afirmou.
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O responsável sublinhou que, apenas para absorver as novas entradas no mercado do trabalho - 45 milhões só em 2009 - será necessário até 2015 criar 300 milhões de novos empregos. "As coisas vão na direcção oposta", prosseguiu Somavia, para acrescentar que com as estimativas de uma contracção de 1,3 por cento na economia mundial em 2009, "se prevê que o desemprego continue a aumentar até finais de 2010 ou até 2011".