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"poderosos" de Portugal
Olá Amigas(os) do PortugalClub
Há passagens na História de Portugal que nos fazem refletir sobre esse senso que parece comum aos " poderosos" de Portugal de desperdiçar o dinheiro público para satisfazer as suas vaidades pessoais.
Assim, em 1513, dom Manuel I, o Venturoso, enviou uma aparatosa embaixada ao papa Leão X , chefiada por Tristão da Cunha, com magníficos presentes como pedrarias, tecidos e jóias. E mais: um cavalo persa , uma onça e o astro principal da trupe, um elefante, Hanon,que executava várias habilidades e se tornou mascote do papa. Tudo apenas para impressionar . Impressionados ficaram os cardeais que se enfileiravam para vê-lo. Tamanho sucesso fêz essa embaixada a Roma que o rei resolveu mandar uma segunda, ainda mais faustosa, que além de ouro levava, a bordo, um rinoceronte. Nada chegou a Itália: a nau portuguesa naufragou, os tesouros perderam-se ,o animal e marinheiros, morreram.
Um novo elefante de nome Salomão que inspirou Saramago no seu recente livro " A viagem do Elefante" foi enviado por dom João III, casado com dona Catarina d´Áustria para seu cunhado. o arquiduque austríaco Maximiliano II . Ou seja, um elefante, em meados do século XVI cruzou metade da Europa , de Lisboa a Viena, apenas para satisfazer a extravagância de um rei que resolveu fazer gracinhas à conta do dinheiro público.
Alguém ainda se lembra da Embaixada que o Mario Soares levou a Índia em 1992 e que terá custado aos cofres públicos 500 mil contos, algo em torno de 2,5 milhões de euros? Regabofe de empresários, jornalistas e artistas, muito comentado e comparado a Embaixada de dom Manuel I.
Concluindo: 500 mil contos, os mesmos 2,5 milhões de euros que Mario Soares teria gasto com a sua embaixada a Índia, não foram pagos a José Sócrates em 2002, quando ainda era ministro do Ambiente apenas para autorizar, sob o ponto de vista ambiental, o projeto do centro comercial Freeport? Quem disse isso? Manuel Pedro, o sócio portugues da empresa de consultoria Smith&Pedro à frente de testemunhas. Está no jornal " Expresso", reproduzido no " Publico". Haja fartura e falta de vergonha na cara!!
E o regabofe da Caixa Geral de Depósitos no passado dia 26 de novembro que terá custado algo em torno de 500 a 700 mil euros??? Coisa pouca, insignificante para um país com a pujança economica como Portugal.
Venham mais embaixadas, donatários, elefantes e rinocerontes!! Estamos nós, os parolos, sempre com um sorriso nos lábios e Portugal no coração, dispostos a pagar. Até quando??
Abraço Eulalia Moreno São Paulo- Brasil