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Isaltino garante que lutará "até ao fim"
O presidente da Câmara de Oeiras reafirma a inocência e admite recorrer da decisão do Tribunal da Relação de Lisboa.
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Lusa- 20:27 Terça feira, 13 de Julho de 2010
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Isaltino recusa abandonar a Câmara de Oeiras
O presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, reafirmou hoje a sua inocência, admitindo recorrer da decisão do Tribunal da Relação agora conhecida e assegurando que não vai abandonar o cargo.
"Seja qual for a decisão, digo aquilo que disse no primeiro dia: sou inocente, afirmei a minha inocência no primeiro dia do julgamento, continuo a reafirmar a minha inocência, ao longo destes sete anos tenho sofrido muito, eu, a minha família, os meus amigos, as pessoas que me conhecem", afirmou Isaltino Morais.
O Tribunal da Relação de Lisboa aplicou hoje a Isaltino Morais uma pena de dois anos de prisão, pelos crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais mas anulou a pena de perda de mandato.
Sete anos de prisão
O autarca de Oeiras Isaltino Morais tinha sido condenado a sete anos de prisão e a perda de mandato por fraude fiscal, abuso de poder e corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais no Tribunal de Sintra.
Fonte do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) adiantou hoje à agência Lusa que, além de anular a pena acessória de perda de mandato, o TRL decidiu ainda invalidar a condenação do autarca pelo crime de corrupção passiva, quanto aos factos relacionados com o empresário João Algarvio.
Em declarações aos jornalistas à entrada para a cerimónia no Palácio de Queluz que encerra a IV jornada do Roteiro das Comunidades Locais realizado segunda feira e hoje pelo Presidente da República, Isaltino Morais disse ainda não ter sido notificado da decisão, tendo apenas conhecimento do que tem sido divulgado pela comunicação social.
"A justiça se fará"
Escusando-se por esse motivo a não se pronunciar sobre a decisão em concreto, o presidente da Câmara de Oeiras assegurou, contudo, que lutará "até ao fim", porque acredita que "a justiça se fará".
"Naturalmente que levarei até às ultimas consequências. No que estiver ao meu alcance recorrerei para demonstrar a minha inocência", sublinhou.
Isaltino Morais recusou ainda a possibilidade de abandonar a presidência da Câmara de Oeiras, salientando ter a "consciência tranquila".
"Se eu sou inocente e tenho a minha consciência tranquila, fui legitimamente eleito para o cargo de presidente da Câmara, porque é que iria abandonar o cargo, irei lutar até ao fim pela minha inocência", disse.