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Carlos Queiroz. A demissão não estava na cabeça mas saiu-lhe pela boca
Por Filipe Duarte Santos, Publicado em 26 de Julho de 2010 Actualizado há 20 horas
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Gilberto Madaíl tinha 3,2 milhões de razões para segurar o seleccionador. Depois apareceu a ofensa a Luís Horta e a justa causa para despedi-lo
O contrato prendia Queiroz à Federação; a ofensa solta-o e os críticos agradecem
JOSé MANUEL RIBEIRO/Reuters 1/1 + fotogalería .
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Para nós - jornalistas, público em geral - é o professor Queiroz.
Longe das câmaras é o Carlos ("assim não ganhamos, Carlos!", grita-lhe Ronaldo em pleno jogo).
E o Carlos parece ser muito mais que uma pessoa educada, pensativa e ponderada, incapaz de uma reacção anormal.
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O Carlos ofende e até é acusado de agredir (a cena de pugilato num aeroporto com o comentador Jorge Baptista), ataca quando toda a gente pensava que era defensivo (a entrevista ao "Sol" foi uma "vigarice execrável"), tem tendência para ficar desgovernado quando tudo na sua vida parece planeado.
O último desgoverno pode custar-lhe o lugar de seleccionador nacional - foi ele próprio, o homem que não comete erros, a dar a Gilberto Madaíl o argumento para o despedir de borla, com justa causa.
Que alívio, dirá o presidente da FPF e dirão muitos que o pressionam (Laurentino Dias, secretário de Estado do Desporto). Se assim não fosse, mandá-lo embora custaria 3,2 milhões de euros.