Somos aquilo que sempre hajamos sido. Não mudaremos mesmo com o ladrar dos cães.
terça-feira, 12 de março de 2013
A Verdade foi enterrada antes de Hugo Chávez
domingo, 10 de março de 2013
Artigo no
Alerta Total – www.alertatotal.net
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net
Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net
Talvez por esquizofrenia, deficiência
mental ou falta de caráter, aqueles que pensam e agem de maneira burra, radicalóide
e sem ética, se dizendo socialistas, comunistas, fascistas, nazistas, etc,
costumam atentar contra a Verdade – definida como realidade universal
permanente. Mas os bolivarianos exageraram na dose da mistificação na gestão da
morte do mito Hugo Chávez Frias.
Nos
meios diplomáticos e na área de inteligência militar argentina circula uma
informação 1-A-1 acerca dos procedimentos ante e pós fúnebres do Presidente e
revolucionário inventor da República Bolivariana da Venezuela. A revelação
bombástica é que o corpo exibido, cheio de sigilo e segurança, em um
super-caixão lacrado, não é de um ser humano normal, deformado por um terrível
câncer. O cadáver seria um boneco de cera. O simulacro de um Chávez “embalsamado”.
A
surpreendente descoberta de que o corpo no faraônico féretro bolivariano não
correspondia ao Hugo Chávez original foi da “Presidenta” da Argentina Cristina
Kirchner. A grande amiga de Chávez estava escalada para fazer o mais emocionado
discurso politico do velório. No entanto, Cristina se sentiu enganada no
momento em que chegou perto do defunto. Ficou tão revoltada e contrariada que
arranjou uma desculpa esfarrapada para voltar urgentemente a seu país –
deixando até sem carona o presidente uruguaio José Mujica, que com ela veio até
Caracas.
A
explicação bombástica para o retorno súbito de Cristina é relatada pela
inteligência militar argentina. Cristina teve um choque emocional quando se viu
envolvida na farsa bolivariana montada para o velório de Chávez. Não
acreditando no que seus olhos lhe mostravam, Cristina escalou uma oficial
ajudante-de-ordens para investigar, de imediato, se não estaria diante de uma “brincadeira
de mau gosto com a morte de alguém que lhe era muito querido”.
A
oficial argentina interpelou um alto-membro do Exército pessoal de Chávez – que
praticamente confessou a armação: ali não estava o corpo original do amado
comandante. A militar transmitiu a informação imediatamente para Cristina – que
surtou. Saiu esbravejando do Velório para o hotel, avisando que não mais faria
o discurso para um boneco. O presidente imposto da Venezuela, Nicolas Maduro,
tentou convencê-la do contrário, sem sucesso. Cristina voltou voando para casa.
A
Presidenta Dilma Rousseff, que levava o ex Luiz Inácio a tiracolo, foi
informada do incidente. Dilma e Lula deram uma breve olhada no caixão de
Chávez, conversaram rapidamente com os presentes, e também foram embora o mais
depressa possível – alegando coisas urgentes a serem resolvidas no Brasil. A
exemplo de Cristina, não quiseram participar da farsa completa do sepultamento
daquele que era o líder operacional-militar do Foro de São Paulo (organização
que reúne as esquerdas revolucionárias, guerrilheiras ou simplesmente
gramcistas na América Latina e Caribe).
História
à parte do “boneco de cera” – uma versão completamente não-oficial das exéquias
de Chávez -, tudo em torno de sua morte soa como uma grande farsa, digna do
mais cínico e mentiroso socialismo bolivariano que transformou a Venezuela em
um país em decomposição política, econômica e social. Tudo indica que Hugo
Chávez já veio morto de Cuba – onde morreu não de problemas diretamente
relacionados ao sarcoma que sofreu metástase.
O
que levou Chávez realmente deste para outro mundo foi uma brutal infecção
hospitalar, que detonou-lhe o pulmão. Tal fato jamais será admitido
oficialmente, já que a lenda-dogma comunista prescreve que a ilha perdida dos
irmãos Castro tem “uma das medicinas mais avançadas do mundo”. Caso tivesse se
tratado no Brasil – como fizeram Dilma, Lula e o ex-presidente paraguaio
Fernando Lugo -, Chávez poderia estar vivinho da silva... Azar dele que o
Hospital Sírio Libanês não aceitou receber milhões para tratar, sem
transparência e em “segredo socialista”, do grave caso médico.
Outro
fato que a inteligência dos Estados Unidos já deixou bem evidente nos meios
diplomáticos. Chávez morreu, provavelmente, no começo de janeiro. O
prolongamento mentiroso de sua vida foi apenas uma armação para permitir a
inconstitucional posse de Nicolas Maduro, através da geração de um dramalhão
popular em torno da torcida pela “salvação” e cura do bem amado mito Chávez. O
problema para o regime venezuelano é que o atraso na revelação da verdade
contribuiu para as mentiras aflorassem...
A
tendência política na Venezuela é de vitória eleitoral do presidente imposto Nicolas
Maduro, na eleição marcada para 14 de abril. Mas a temporada de brigas internas
e traições entre os bolivarianos é só uma questão de pouco tempo. Embora tenha
sido motorista de ônibus profissional, antes de cair no mundo fácil da vida
sindical praticamente sem trabalho, Nicolas não está maduro para liderar a
revolução bolivariana. Chávez é insubstituível. E como um mito nunca morre,
deve assombrar Maduro – que terá de suportar às pressões da oposição, em
crescimento natural, e as traições e rebeliões internas que devem surgir
principalmente na área militar venezuelana (em franca divisão e conflito entre
Exército e Marinha).
O
socialismo bolivariano implodiu a Venezuela. A demagogia seduziu o eleitorado
pobre ou miserável – sempre a massa moldável de manobra de toda a História. Mas
as classes média e alta da Venezuela comem o pão que o Chávez amassou. A moeda
de lá – o bolívar – vale tanto quando a verdade para os ideólogos socialistas. A crise de desabastecimento de produtos
básicos é assustadora. A inflação totalmente fora de controle. O desemprego só
aumenta. A estatal petrolífera PDVSA opera em regime de ineficiência. A grana
dos petrodólares é usada mais para demagogias que para investimento em
infraestrutura real.
As
instituições venezuelanas encontram-se em decomposição. O Judiciário é uma
desmoralização só. O Legislativo uma peça manipulada pelo Executivo autoritário
e arbitrário. A ingerência ideológica de elementos do aparelho repressivo
cubano no governo bolivariano é um fenômeno politicamente dantesco. O nível de
corrupção venezuelano é de fazer inveja ao mais escroto mensaleiro no Brasil. A
Venezuela tem tudo de pior que pode ter um país de terceiro mundo,
subdesenvolvido, cheio de desigualdades e onde explode uma onda de violência
sem perspectiva de controle.
A
situação venezuelana pouco fede ou cheira para o Brasil. Problemas concretos
são apenas dois. O calote da da PDVSA na parceria com a Petrobrás na
superfaturada refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, ainda longe de sair do
papel. Outro rolo são os empréstimos a perder de vista do BNDES tupiniquim para
grandes empreiteiras brasileiras fazerem mega-obras – também superfaturadas –
em terras bolivarianas. No mais, a Venezuela tem relação comercial pífia com o
Brasil.
Uma
previsível queda do regime bolivariano – que é questão de pouco tempo – pode gerar
um efeito cascata (sem trocadilho) entre os países afetados pelo câncer
ideológico e ideocrático do Foro de São Paulo. A primeira vítima de uma
pós-derrocada venezuela deve ser a Argentina – onde as coisas vão de pior a
mais ruim ainda na gestão da Cristina. Cuba também deve ter ainda mais
problemas se a casa bolivariana desabar. O resto entra no tradicional “efeito
orloff” (vodca que se consagrou com o lema publicitário “eu sou você amanhã”).
A
prematura morte do comandante Chávez custará muito cara aos regimes de
democradura e capimunismo do Foro de São Paulo. A metástase política já
começou, com muitos tumores políticos entrando em fase de implosão. Resta
esperar para ver como a araruta cancerosa vai se transformar em mingau
estragado pelas mentiras comunizantes.
Ainda
bem que não existe mal que sempre dure e nunca acabe... Reflitamos sobre a
representação da imagem falsificada de Hugo Chávez (no topo do artigo) para
constatarmos que tudo de bom ou ruim sempre tem um fim...
PS -
Que sorte deu o José Dirceu - que deveria agradecer ao Joaquim Barbosa:
de que adiantaria viajar para a Venezuela apenas para ver um simples
boneco inanimado do falecido amigo e patrão em milionárias consultorias?
Vida
que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente,
analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e
estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade
objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista
em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da
ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação
sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso
simples conhecimento.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 10 de Março de 2013.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 10 de Março de 2013.
Novo "Comandante" das Forças Armadas (JPe)
Novo "Comandante" das Forças Armadas
Depois do Presidente da República, da Presidente da
Assembleia da República (e sei lá de quantos mais …), também as Forças
armadas vão ser “comandadas” por um Reformado!
E isto num governo que passa a vida a malhar nas reformas…
Este foi o carrasco das Forças Armadas na altura da
célebre LEI 15, a "Lei dos Coronéis" (aplicada aos diversos postos), por
ordem de Cavaco Silva enviou para a reserva os mais resilientes e para
a reforma os mais fartos de serem usados, num total desaproveitamento
de capacidades adquiridas numa carreira esforçada, com total desprezo
por tudo e por todos, apesar das falsas promessas de continuação na vida
activa.
Os tolos aplaudem
11 de Março, 2013
por José António Saraiva
Passos Coelho e Vítor Gaspar pediram mais tempo para baixar o défice, para pagar os juros da dívida e para cortar a despesa do Estado.
E deixaram cair a palavra maldita – ‘austeridade’ – e passaram a usar a palavra milagrosa – ‘crescimento’.
.
Eu percebo-os: estavam sozinhos.
Tinham contra eles todos os partidos da oposição, os sindicatos, os ‘senadores’ (de Mário Soares a Freitas do Amaral), os autarcas, alguns bispos, o CDS (que funciona com frequência como oposição dentro do Governo), os manifestantes que os perseguem por todo o lado chamando-lhes «gatunos», a maioria da comunicação social e os comentadores (inclusive muitos afectos ao PSD).
.
Este fenómeno dos comentadores é curioso.
Em Portugal, instalou-se a moda dos ‘políticos-comentadores televisivos’, isto é, dos políticos que, depois de deixarem a política ou estando momentaneamente fora dela, se dedicam ao comentário.
Os exemplos não têm fim: Marques Mendes, Marcelo Rebelo de Sousa, Augusto Santos Silva, Jorge Coelho, Pedro Santana Lopes, Manuel Maria Carrilho, António Costa, Bagão Félix, António Capucho, Manuela Ferreira Leite, Francisco Louçã, Nuno Melo, Paulo Rangel, Sérgio Sousa Pinto, Ana Drago, eu sei lá!
.
E estes ‘políticos-comentadores’ têm uma limitação: nunca deixam de ser políticos. De pensar como políticos. E, nessa medida, também gostam de ser populares.
Assim, mesmo os comentadores sociais-democratas começaram, a partir de certa altura, a dizer que bastava de ‘austeridade’ e se impunha começar a falar de ‘crescimento’.
.
Eles sentiam que, se continuassem a dizer «Não podemos abandonar já a austeridade, temos de levar até ao fim a consolidação orçamental, é cedo para falar de crescimento», começavam a perder audiência e popularidade (tal como os políticos perdem votos).
.
Mas terão razão?
.
Julgo que não: é cedo demais para o Governo mudar de discurso. E, além disso, é enganador e é perigoso. É enganador, porque o crescimento não depende do Governo; não basta estalar os dedos para a economia começar a crescer.
.
E deixaram cair a palavra maldita – ‘austeridade’ – e passaram a usar a palavra milagrosa – ‘crescimento’.
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Eu percebo-os: estavam sozinhos.
Tinham contra eles todos os partidos da oposição, os sindicatos, os ‘senadores’ (de Mário Soares a Freitas do Amaral), os autarcas, alguns bispos, o CDS (que funciona com frequência como oposição dentro do Governo), os manifestantes que os perseguem por todo o lado chamando-lhes «gatunos», a maioria da comunicação social e os comentadores (inclusive muitos afectos ao PSD).
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Este fenómeno dos comentadores é curioso.
Em Portugal, instalou-se a moda dos ‘políticos-comentadores televisivos’, isto é, dos políticos que, depois de deixarem a política ou estando momentaneamente fora dela, se dedicam ao comentário.
Os exemplos não têm fim: Marques Mendes, Marcelo Rebelo de Sousa, Augusto Santos Silva, Jorge Coelho, Pedro Santana Lopes, Manuel Maria Carrilho, António Costa, Bagão Félix, António Capucho, Manuela Ferreira Leite, Francisco Louçã, Nuno Melo, Paulo Rangel, Sérgio Sousa Pinto, Ana Drago, eu sei lá!
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E estes ‘políticos-comentadores’ têm uma limitação: nunca deixam de ser políticos. De pensar como políticos. E, nessa medida, também gostam de ser populares.
Assim, mesmo os comentadores sociais-democratas começaram, a partir de certa altura, a dizer que bastava de ‘austeridade’ e se impunha começar a falar de ‘crescimento’.
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Eles sentiam que, se continuassem a dizer «Não podemos abandonar já a austeridade, temos de levar até ao fim a consolidação orçamental, é cedo para falar de crescimento», começavam a perder audiência e popularidade (tal como os políticos perdem votos).
.
Mas terão razão?
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Julgo que não: é cedo demais para o Governo mudar de discurso. E, além disso, é enganador e é perigoso. É enganador, porque o crescimento não depende do Governo; não basta estalar os dedos para a economia começar a crescer.
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É
perigoso, porque as pessoas podem pensar que os tempos de austeridade já lá vão e que podemos voltar alegremente ao passado.
Ora, não podemos voltar ao passado.
O discurso do ‘crescimento’ foi o que Sócrates andou a fazer durante seis anos, com os resultados que se conhecem.
Além disso, vamos crescer com que dinheiro?
Só pode haver crescimento com investimento.
Ora, o que conseguiu atrair algum investimento estrangeiro nos últimos anos (como o prova o sucesso das privatizações, que renderam mais do que o previsto) foi precisamente o cumprimento do programa de austeridade.
.
Porque os investidores pensaram: «Eles estão a ganhar juízo! Vão finalmente
pôr as finanças em ordem».
Foi isso que deu credibilidade ao país lá fora e atraiu capitais.
Um discurso oco, assente em sonhos de crescimento que não temos dinheiro para sustentar, não teria atraído ninguém.
Mas há outra razão para não ir por esse caminho. É que Portugal e a Europa não mais voltarão a ser o que eram. Porquê?
Porque a crise não é conjuntural, é estrutural; não é passageira, é permanente.
.
Houve muitas fábricas que emigraram da Europa (e dos EUA) para outras paragens, houve muitos serviços que emigraram para outras paragens, houve investimentos que emigraram para outras paragens – para o Oriente, para a América do Sul, para África – e, como consequência disto, o Ocidente passou a produzir menos, os rendimentos das famílias caíram e o número de postos de trabalho diminuiu drasticamente.
.
O progresso tecnológico também contribuiu para isso.
.
Na portagem de Estremoz, por exemplo, trabalhavam até há poucos anos três ou quatro pessoas. Hoje, as cobranças estão automatizadas e já não há portageiros. Essas pessoas foram para onde? E isto não se passou só em Estremoz: passou-se no país todo, em muitas centenas de portagens. E não se passou só na Brisa: passou-se em centenas de empresas.
Ora, não podemos voltar ao passado.
O discurso do ‘crescimento’ foi o que Sócrates andou a fazer durante seis anos, com os resultados que se conhecem.
Além disso, vamos crescer com que dinheiro?
Só pode haver crescimento com investimento.
Ora, o que conseguiu atrair algum investimento estrangeiro nos últimos anos (como o prova o sucesso das privatizações, que renderam mais do que o previsto) foi precisamente o cumprimento do programa de austeridade.
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Porque os investidores pensaram: «Eles estão a ganhar juízo! Vão finalmente
pôr as finanças em ordem».
Foi isso que deu credibilidade ao país lá fora e atraiu capitais.
Um discurso oco, assente em sonhos de crescimento que não temos dinheiro para sustentar, não teria atraído ninguém.
Mas há outra razão para não ir por esse caminho. É que Portugal e a Europa não mais voltarão a ser o que eram. Porquê?
Porque a crise não é conjuntural, é estrutural; não é passageira, é permanente.
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Houve muitas fábricas que emigraram da Europa (e dos EUA) para outras paragens, houve muitos serviços que emigraram para outras paragens, houve investimentos que emigraram para outras paragens – para o Oriente, para a América do Sul, para África – e, como consequência disto, o Ocidente passou a produzir menos, os rendimentos das famílias caíram e o número de postos de trabalho diminuiu drasticamente.
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O progresso tecnológico também contribuiu para isso.
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Na portagem de Estremoz, por exemplo, trabalhavam até há poucos anos três ou quatro pessoas. Hoje, as cobranças estão automatizadas e já não há portageiros. Essas pessoas foram para onde? E isto não se passou só em Estremoz: passou-se no país todo, em muitas centenas de portagens. E não se passou só na Brisa: passou-se em centenas de empresas.
.
Na
Autoeuropa, a maior parte do trabalho de montagem e pintura é hoje realizada por robôs.
Portanto, a Europa e Portugal jamais voltarão a ser o que eram.
.
E é esse discurso que os políticos e os comentadores responsáveis deveriam fazer.
.
Mas não fazem, porque perderiam votos e audiências. Têm de fazer um discurso cor-de-rosa.
E isto conduz-nos a outra ideia, muito mais inquietante: será a democracia compatível com uma austeridade prolongada?
.
Será a democracia compatível com o definhamento das nações e a queda dos rendimentos das pessoas?
.
Se calhar não é.
.
O alargamento da democracia na Europa coincidiu com um período de crescimento económico sustentado, de desenvolvimento, de abastança, de implantação da sociedade de consumo.
Mas, se a economia começar regularmente a definhar, tudo poderá ser diferente.
Basta olhar para Itália: o político mais responsável, o menos demagogo, o mais credível, o que mais falou verdade durante a campanha eleitoral – Mario Monti – foi cilindrado nas urnas.
Simultaneamente, dois comediantes foram os grandes triunfadores: um de direita, Berlusconi, o outro de esquerda, Grillo.
.
Isto diz tudo sobre a ‘responsabilidade’ dos eleitorados em tempo de crise.
.
As eleições – que são a pedra de toque das democracias – foram transformadas numa triste palhaçada.
.
E assim a Europa irá escorregando para o abismo.
Por culpa das circunstâncias madrastas, mas também por culpa dos políticos, dos comentadores e dos jornalistas – que não têm coragem para explicar que o mundo mudou, que o passado de abastança não vai voltar, que temos de nos habituar a viver com menos dinheiro.
.
Com medo de perderem votos, audiências ou leitores, políticos e comentadores semeiam ilusões.
Fazem promessas que não podem cumprir ou tecem comentários com propostas inexequíveis.
E de dia para dia a revolta crescerá, como uma onda irracional decidida a engolir as instituições e a democracia.
E os tolos aplaudem.
Portanto, a Europa e Portugal jamais voltarão a ser o que eram.
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E é esse discurso que os políticos e os comentadores responsáveis deveriam fazer.
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Mas não fazem, porque perderiam votos e audiências. Têm de fazer um discurso cor-de-rosa.
E isto conduz-nos a outra ideia, muito mais inquietante: será a democracia compatível com uma austeridade prolongada?
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Será a democracia compatível com o definhamento das nações e a queda dos rendimentos das pessoas?
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Se calhar não é.
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O alargamento da democracia na Europa coincidiu com um período de crescimento económico sustentado, de desenvolvimento, de abastança, de implantação da sociedade de consumo.
Mas, se a economia começar regularmente a definhar, tudo poderá ser diferente.
Basta olhar para Itália: o político mais responsável, o menos demagogo, o mais credível, o que mais falou verdade durante a campanha eleitoral – Mario Monti – foi cilindrado nas urnas.
Simultaneamente, dois comediantes foram os grandes triunfadores: um de direita, Berlusconi, o outro de esquerda, Grillo.
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Isto diz tudo sobre a ‘responsabilidade’ dos eleitorados em tempo de crise.
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As eleições – que são a pedra de toque das democracias – foram transformadas numa triste palhaçada.
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E assim a Europa irá escorregando para o abismo.
Por culpa das circunstâncias madrastas, mas também por culpa dos políticos, dos comentadores e dos jornalistas – que não têm coragem para explicar que o mundo mudou, que o passado de abastança não vai voltar, que temos de nos habituar a viver com menos dinheiro.
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Com medo de perderem votos, audiências ou leitores, políticos e comentadores semeiam ilusões.
Fazem promessas que não podem cumprir ou tecem comentários com propostas inexequíveis.
E de dia para dia a revolta crescerá, como uma onda irracional decidida a engolir as instituições e a democracia.
E os tolos aplaudem.
KAOS:Até se baba por ganhar eleições
O Partido Socialista escreveu uma carta aos dois partidos que estão à sua direita no Parlamento mas que supostamente estão mais à esquerda a propor-lhes alianças eleitorais nas autárquicas.
Mas não fiquem já satisfeitos os que pensam que o necessário é uma união da esquerda para derrotar a direita neo-liberal no poder.
Essa aliança só aconteceria nas autarquias onde o PSD ou a sua coligação com o CDS ganharam as últimas autárquicas. Não há aqui nenhuma ideia de linha política ou de criação de uma alternativa.
O interesse é puramente ganhar eleições sem haver nenhum pensamento ou estratégia. Tanto mais que para uma possível antecipação de legislativas o Totó Seguro já faz olhinhos ao Paulo Portas com elogios e tudo.
Este PS não tem qualquer ideia de resolver os problemas, de apresentar alternativas ou ser uma solução, tudo o que deseja é ganhar eleições a todo o custo, seja com quem for. Não é de estranhar, quando o seu líder cresceu nas politiquices dos bastidores da partidária isto foi tudo o que aprendeu e tudo o que sabe fazer.
Mais uma nulidade e mais uma desgraça para o país se um dia chegar ao poder. Esta é a política de alterne que o sistema defende e nos quer impingir.
Auto do Relvas - Adaptação do «Auto da Barca do Inferno
Adaptação do «Auto da Barca do Inferno», de Gil Vicente, feita por Gonçalo, Carolina e Filipe, alunos de 14 anos de
idade da Escola EB23 Dra. Maria Alice
Gouveia, de Coimbra, numa aula de Português, que teve direito a
publicação na biblioteca digital da escola e que merece ser partilhada:
.
Vem Miguel Relvas conduzindo aos zigue zagues o seu Mercedes banhado a ouro e sai do carro com o seu diploma na mão. Chegando ao batel infernal, diz:
RELVAS - Hou da barca!
.
publicação na biblioteca digital da escola e que merece ser partilhada:
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Vem Miguel Relvas conduzindo aos zigue zagues o seu Mercedes banhado a ouro e sai do carro com o seu diploma na mão. Chegando ao batel infernal, diz:
RELVAS - Hou da barca!
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DIABO - Ó poderoso Doutor Relvas, que forma é essa de
conduzir?
RELVAS - Tirei a carta de scooter e deram-me equivalência. Esta barca onde vai hora?
.
RELVAS - Tirei a carta de scooter e deram-me equivalência. Esta barca onde vai hora?
.
DIABO - Pera um sítio onde não hai contribuintes para
roubar!
.
.
RELVAS - Pois olha, não sei do que falais. Quantas aulas
eu ouvi, nom me hão elas de prestar.
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DIABO - Ha Ha Ha. Oh estudioso sandeu, achas-te digno de
um diploma comprado nos chineses ao fim de três aulas?
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RELVAS - Um senhor de tal marca não há de merecer este
diploma!
.
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DIABO - Senhores doutores como tu, tenho eu cá muitos.
.
Miguel Relvas, indignado com a conversa, dirige-se ao batel divinal.
,
RELVAS - Oh meu santo salvador, que barca tão bela, porque nom eu dir eu nela?
.
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Miguel Relvas, indignado com a conversa, dirige-se ao batel divinal.
,
RELVAS - Oh meu santo salvador, que barca tão bela, porque nom eu dir eu nela?
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ANJO - Esta barca pertence ao Céu, nom a irás
privatizar!
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RELVAS - Tanto eu estudei, que nesta barca eu
entrarei.
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ANJO - Tu aqui não entrarás, contribuintes cortaste,
dinheiro roubaste e um curso mal tiraste.
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Relvas, sem alternativa, volta à barca do Diabo.
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RELVAS - Pois vejo que não tenho alternativa. Nesta barca eu irei. Tanto roubei, tanto cortei, não cuidei que para o inferno fosse.
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Relvas, sem alternativa, volta à barca do Diabo.
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RELVAS - Pois vejo que não tenho alternativa. Nesta barca eu irei. Tanto roubei, tanto cortei, não cuidei que para o inferno fosse.
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DIABO - Bem vindo ao teu lar, muitos da tua laia já cá
tenho e muitos mais virão. Entra, entra, ó poderoso senhor doutor magistrado
Relvas.
Pegarás num remo e remarás com a força e vontade com que roubaste aos que afincadamente trabalharam.
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Gonçalo, Filipe e Carolina
Turma 9º D
Escola EB23 Dra. Maria Alice Gouveia
Coimbra
Pegarás num remo e remarás com a força e vontade com que roubaste aos que afincadamente trabalharam.
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Gonçalo, Filipe e Carolina
Turma 9º D
Escola EB23 Dra. Maria Alice Gouveia
Coimbra
KAOS:Os Miseráveis da Europa
A dias de mais uma cimeira europeia, em Bruxelas, Durão Barroso escreveu aos chefes de Estado e de Governo para fazer um balanço da resposta à crise na Europa e dar conta de algumas preocupações da Comissão Europeia, a que preside. As reformas dos países começam “a dar frutos” mas é preciso ter em atenção as “consequências sociais” da crise, nomeadamente a subida do desemprego.A chanceler alemã Angela Merkel vai tentar evitar que o Parlamento alemão vote a extensão do prazo para cumprir o pagamento dos empréstimos concedidos a Portugal e à Irlanda.Esta é a Europa que temos, a merda em que vivemos, o futuro em que querem que sobrevivamos. Um antro de malfeitores e gananciosos comandado por uma cabra sem escrúpulos. Se algum houve quem tivesse a ilusão de uma União Europeia a realidade mostra bem que são os egoísmos quem mais ordena. Como vai isto acabar? Infelizmente temo que da pior maneira e uma nova guerra na Europa não é impossível
Como até já o próprio Presidente do Parlamento Europeu reconhece, o alemão Martin Schulz, a Europa gastou milhões de euros para resgatar os bancos, mas, com a crise e os actuais níveis de desemprego, em particular entre os jovens, arrisca-se a perder uma geração e identifica a perda de confiança dos cidadãos na capacidade de a União Europeia resolver os seus problemas como “uma das principais ameaças” da própria UE. “E se a nova geração perde confiança, penso que é a UE que está verdadeiramente em perigo”.