O Estado da Nação e a Morte de Eusébio: O Que Diria Freud?
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Mulher chora após ver cortejo fúnebre de Eusébio passar por avenida em Lisboa. |
"A morte está escondida nos relógios." - Giuseppe Gioacchino Belli (1791 - 1863), La Golaccia
Portugal
está de rastos e à beira do fim. Quando digo fim, é o fim mesmo. O fim
como Estado e como Nação independente. O fim eterno e irrevogável. O fim
sem retorno possível. A juventude emigra a um ritmo nunca antes visto,
cerca de 10% da população vai sobrevivendo no limiar da pobreza, há
crianças a chegar às escolas com fome, os velhos morrem sozinhos e
abandonados como cães, o sistema educativo está em cacos e dominado por lobby's,
o sistema judicial foi sequestrado pela Maçonaria e não passa de uma
anedota, o sistema de saúde pública vai-se aguentando a muito custo e
sacrifício e as Forças Armadas estão reduzidas a um tigre de papel.
Há
dias entrei numa daquelas tascas tipicamente portuguesas, esta já muito
velha e onde a conversa que se pode ouvir é de uma baixeza e
simplicidade que faria corar de vergonha muitos senhores e senhoras
chiques que digamos, estão menos habituados a estes meios "duros". A
conversa como não podia deixar de ser era o eterno futebol, o verdadeiro
ópio do povo português. Berra-se e ameaça-se, fazem-se promessas e
juras, tudo em torno do ópio futebolístico que parece ter hipnotizado
estas pobres mentes.
A
morte de Eusébio fez-me pensar numa questão que já ando a remoer na
cabeça há muito tempo, mas sobre a qual nunca escrevi: Por que é que um
povo que é diariamente sodomizado à bruta pela elite nacional (que de
nacional só tem o nome...), continua a comportar-se como um bando de
carneirinhos mansos e estúpidos?
Os
portugueses (nem todos, mas quase...) parece que só se lembram de
cantar o hino nacional e acenar bandeiras nacionais em jogos de futebol
para o inglês ver. Se amanhã algum queque estrangeiro ofender o
Cristiano Ronaldo, cai o Carmo e a Trindade, as redes sociais enchem-se
de ameaças e promessas ocas, para no fim, feitas as contas, a montanha
parir um rato...
É isto que o governo da Maçonaria & Goldman Sachs
que desde 1974 está aos comandos do país quer: a "alienação" para usar
aqui um termo muito querido dos neo-marxistas e adeptos da Escola de
Frankfurt. E de facto alienado está o povo, alienado e muito bem
anestesiado por uma mistura de sedativos hipnóticos como nunca antes foi
vista. Só assim se pode compreender como é possível que os portugueses
vejam o seu próprio país a ser destruído de dia para dia e reajam a toda
esta tragédia com a maior das indiferenças.
No
entanto, morre um futebolista e valha-me nossa senhora! São três dias
de luto nacional e até já se fala em trasladação do cadáver para o
panteão nacional, toda a classe política faz declarações emocionadas, há
pessoas a chorar nas ruas enquanto o cortejo fúnebre passa (quase
parece o funeral de um "querido" líder na Coreia do Norte...) e a Nação
entra num delírio muito bem estudado e fomentado pelos merdi@ ao serviço
dos vários lobby's, enfim, o país enlouquece por completo.
O que diria Freud?
João José Horta Nobre
Janeiro de 2014